MARLEY MENDONÇA ALVES

sábado, 14 de março de 2015

PALESTRA Prof.Dr.MARLEY MENDONÇA ALVES SOBRE PSICOLOGIA VISTO, LIDO OUVIDO

RESUMO
As dificuldades de aprendizagem escolar foram abordadas pela Psicologia Escolar de formas muito diferentes e possibilitou  o surgimento da idéia de espontaneidade e criatividade e um elo significativo e indelével entre elas, configurou-se como uma migração do modelo clínico para dentro das escolas. Os psicólogos recorriam a todo o seu arsenal de técnicas de psicodiagnóstico a fim de determinar os fatores cognitivos, afetivos e socioafetivos que explicassem as dificuldades de aprendizagem dos alunos que lhes eram encaminhados em grande quantidade pelos professores e gestores das escolas.Como efeito dessa vivencia, os alunos tomam consciência da dinamicidade entre o mundo real e o imaginário, compreendendo a maneira pela qual essas esferas do viver confluem e constroem a realidade.


SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.............................................................................................................. 1
1 – psicologia educacional........................................................................... 4
1.1 A Dialética do Grupo, da Organização e da Instituição..................................... 4
1.2 Estratégias de Investigação................................................................................... 6
1.2.1 Entrevista individual de profundidade.............................................................. 6
1.2.2 Entrevista em grupo focal................................................................................. 6
1.2.3 Grupo de interpretação lúdica de papéis......................................................... 6
1.2.4 Observação participante.................................................................................. 7
1.3 Estratégias de Intervenção.................................................................................... 7
1.4 Psicodrama............................................................................................................. 8
1.4.1 Educação e construção do conhecimento........................................................ 9
1.4.1.1 Primeira conexão: Psicologia e Psicodrama............................................. 10
1.4.1.2 Segunda conexão: Psicodrama e Educação............................................ 11
1.4.1.3 Terceira conexão: Educação e Teatro...................................................... 11
1.4.1.4 Quarta conexão: Teatro e Psicodrama..................................................... 12
1.5 O Processo Educativo.......................................................................................... 13
1.6 Sociodrama.......................................................................................................... 13
1.7 O Construtivismo................................................................................................. 15
1.7.1 Aplicação das teorias de Jean Piaget, Dewey e Vigotsky na intervenção pedagógica   16
1.7.1.1 Jean Piaget............................................................................................... 16
1.7.1.2 Dewey..................................................................................................... 16
1.7.1.3 Vygotsky................................................................................................. 18
1.8 O Interacionismo................................................................................................. 20
1.8.1 Alguns pressupostos da teoria de Piaget........................................................ 20
CONCLUSÃO............................................................................................................... 26
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................... 27




Durante a segunda metade do século XX, as dificuldades de aprendizagem escolar foram abordadas pela Psicologia Escolar de formas muito diferentes, como concorda a maioria das publicações mais recentes desta área, por exemplo, (TANAMACHI, 2000),   (MEIRA, 2000), (SOUZA, 2000), (CRUCES, 2003), (CAMPOS & JUCÁ, 2003), (ARAÚJO & ALMEIDA 2003), (NEVES & ALMEIDA  2003), (MALUF, 2003). A primeira destas formas, predominante durante as décadas de 50 e 60, configurou-se como uma migração do modelo clínico para dentro das escolas. Os psicólogos recorriam a todo o seu arsenal de técnicas de psicodiagnóstico a fim de determinar os fatores cognitivos, afetivos e socioafetivos que explicassem as dificuldades de aprendizagem dos alunos que lhes eram encaminhados em grande quantidade pelos professores e gestores das escolas.
 Como resultado desta forma de abordar a questão, prevaleceu o que muitos autores denominam de Modelo Psicométrico, uma vez que a maioria das pesquisas sobre o assunto se ocupou de desenvolver instrumentos adequados a tal demanda. É desta época o desenvolvimento, por exemplo, dos testes de prontidão para alfabetização. No final dos anos 70 e início dos 80, tal forma de tratar as Dificuldades de Aprendizagem é submetida à duras críticas. Cunha-se então o termo “Fracasso Escolar”, sobretudo a partir das publicações de (PATTO 1984 E 1990).
Neste conceito está subentendido que a dificuldade de aprendizagem não pode mais ser assumida como uma questão cujas causas devam ser buscada apenas no aluno. Os fatores pedagógicos, didáticos e, principalmente, a forma como a instituição escolar trata a diferença entre os seus alunos revelam-se como mais importante do que os fatores intrapessoais dos próprios, na explicação de tais dificuldades. A partir de tais questionamentos, assiste-se ao desenvolvimento, no final do século de novas formas de tratar a questão. Os novos modelos de trabalhos específicos para este problema passam a envolver não apenas o aluno, mas toda a instituição escolar. Recuperam-se então as contribuições da Análise Institucional como um referencial de apoio para tais modelos.
Coerente com a corrente de pensamento predominante na Psicologia Escolar da época, em sua tese de Doutorado (ANDRADE, 1986), este autor buscou abordar o tema do Fracasso Escolar numa abordagem etnográfica, incluindo entrevistas e observações participante, com o objetivo de abordar os aspectos institucionais da produção do fenômeno estudado. Para desenvolvê-la, conviveu durante três anos com o cotidiano de uma escola  estadual de  Ensino Fundamental. O texto final da tese compreende três partes: uma contextualização econômico sócio-cultural de uma amostra dos alunos repetentes da primeira série da escola estudada (ANDRADE, 1988); um levantamento do potencial cognitivo destes alunos, a partir do conceito de "zona de desenvolvimento proximal" de (VYGOTSKY, 1962 e 1984); e uma descrição do cotidiano daquela escola, focalizando as salas dos alunos repetentes e a classe especial (ANDRADE, 1990a).
O Sociodrama Educacional se caracteriza como uma linha de pesquisa-ação de uma Psicologia Escolar Institucional que se propõe ao estudo das relações humanas nestes contextos. Além do referencial de uma Psicologia Institucional, utiliza estratégias de pesquisa qualitativa, de cunho sociopsicodramático, objetivando contribuir para o sucesso escolar, entendido como apropriação por parte do Sujeito do conhecimento acumulado pelo Homem, enquanto ser genérico. Para alcançar tais metas, busca a compreensão das interações sociais que constituem o cotidiano destas instituições, enfocando-as a partir da concepção de papéis como estruturas, segundo as quais os diferentes integrantes da instituição pautam suas relações. Estas são abordadas conforme os segmentos estruturais que compõem a instituição educacional:
 a) agentes institucionais: professores, técnicos e dirigentes;
 b) clientela: alunos;
 c) responsáveis pela clientela: pais.
Por Papel como Estrutura se entende o conceito de papel como uma totalidade provida de sentido, uma Totalidade Dialética que deve ser compreendida em dois sentidos principais, segundo (MERLEAU-PONTY, 1975) que sobre o primeiro deles diz:   “... a dialética humana é ambígua: ela se manifesta de início pelas estruturas sociais ou culturais que faz aparecer e nas quais se aprisiona. Mas, seus objetos de uso e seus objetos culturais não seriam aquilo que são se a atividade que os faz aparecer não tivesse também por sentido negá-los e ultrapassá-los...” Os papeis, enquanto Estrutura, constituir-se-iam assim numa Totalidade através da qual a estrutura social ou cultural se impõe ao indivíduo, mas que também trás os sinais da busca de sua negação e superação. Mas, a Totalidade Dialética que o Papel como Estrutura assume se revela também no sentido de sua constituição no Sujeito ou em sua Consciência. Nas palavras de (MERLEAU-PONTY, 1975):
O que dissemos basta para fazer ver que a posse de uma representação ou o exercício do juízo, não é co-extensivo à vida da consciência. A consciência é antes uma rede de intenções significativas, às vezes claras para si mesmas, às vezes ao contrário, vividas antes que conhecidas.
Os papéis, neste aspecto, não se revelam, portanto, apenas nas representações que deles os indivíduos constroem. É preciso investigá-los em suas representações, mas também para além delas, tal como eles são vividos, antes que conhecidos. Daí, a importância dos recursos de investigação que ultrapassam a pesquisa das representações, que, em geral, são obtidas através de análises de relatos colhidos em entrevistas com aqueles que desempenham os papéis.


1.1 A Dialética do Grupo, da Organização e da Instituição
Apresentada inicialmente por Sartre (1960) e resgatada por Lapassade (1977) na fundamentação da Análise Institucional, nos permite considerar a Estrutura de Papel como integrada, pela ação, em Estruturas ou Totalidades maiores do tipo Grupo, Organização e Instituição. Assim, a Escola enquanto Instituição se constituiria em apenas um dos seus aspectos, restando por analisar os aspectos Organizacionais e Grupais que nelas se engendram. É no interior dos grupos, organizações e instituições que compõe a escola, que a Estrutura de Papel se constitui e toma forma, em sua dialética  instituída - instituinte. Podendo-se então falar em grupo instituído e grupo instituinte. Analogamente, a Estrutura de Papel abarcaria componentes cristalizados ou normativos, internalizados em um processo de identificação com o grupo instituído ou com a instituição ou a organização. Mas, também, por componentes de resistência, que resultariam do movimento dialético no sentido de superação da imposição social dos papéis. Nestes componentes se poderiam identificar as matrizes do instituinte e da ação comum deles surgiria o grupo em fusão, ou instituinte, aquele que busca resgatar a relação de interioridade, em oposição à alienação e a serialidade. Entende-se que é a estes aspectos que Moreno está se referindo quando defende a promoção e o desenvolvimento da Espontaneidade.
O grupo, como ensina Millan (1976), é uma totalidade articulada de unidades formadas por um ou mais indivíduos, definidas pelas suas relações com as demais, em função de um Projeto determinado que  se elabora na  intersubjetividade.  A cada  unidade  do  Grupo corresponde uma posição na Estrutura, e o Grupo é um sistema de posições. Este conceito corresponde ao que (Sartre, 1960) denominou de “grupo em fusão”, aquele que se constitui numa relação de interioridade. Por sua vez, o Projeto está enraizado no desejo dos indivíduos, mas não é o desejo. Transcende o desejo, sendo aquilo que resulta do desejo quando ele se inscreve na intersubjetividade. Resulta das ressonâncias do desejo no espaço de coexistência, ressonâncias através das quais o desejo recebe um sentido novo.
Ora, esta natureza dialética da Instituição Escolar impõe limites e dificuldades a quem pretenda fazer uso do palco psicodramático como forma de transformação, abertura e desenvolvimento dos papéis. Os grupos com os professores e demais profissionais demandam um extenso trabalho reflexivo e de superação das pautas institucionais e organizacionais nas quais os papéis se estruturam, buscando alcançar o desenvolvimento de um “grupo em fusão”. Com os alunos e com os pais, a atividade grupal não encontra resistência apenas no instituído, mas, trás suas próprias dificuldades. Por tratarem-se da clientela da instituição escolar (os alunos) e dos seus responsáveis (os pais), se poderia supor uma disponibilidade e uma abertura ao trabalho grupal muito maior. No entanto, aqui emerge uma dificuldade de outra ordem, ligado ao papel que a Psicologia cumpriu historicamente na construção da Instituição Escolar. Como é sabido, o psicólogo tem sido apropriado pela Escola com a finalidade de legitimar suas práticas e na qualidade de um profissional da área da saúde. A ele caberia ratificar a classificação, antecipada pelos agentes pedagógicos, rotular e “atender” os que apresentam “problemas” e portanto dificultam a realização de sua metas instituídas, ou se seja, “medicalizar” o fracasso escolar. Ora, neste contexto, “ir ao psicólogo”, participar dos grupos, tanto para os alunos, como para seus familiares, pode significar assumir um rótulo indesejável. Lidar com esta dificuldade, no sentido de evitar grupos homogêneos de alunos já rotulados como possuidores de dificuldades de aprendizagem e / ou de comportamento constitui-se num dos maiores desafios. Convencer os pais ou responsáveis sobre a importância das reuniões na escola, da participação em grupos reflexivos, para além de qualquer suposta dificuldade de seus filhos, é já tarefa bem mais difícil.
Desta forma, os três segmentos que constituem a instituição escolar impõe, cada um a seu modo, as dificuldades e resistências a uma pesquisa-ação do tipo que o Sociodrama pedagogico propõe. Daí, aliarem-se, as estratégias de investigação, não apenas como um primeiro momento de aproximação da realidade institucional, mas, principalmente, como forma de conseguir uma sensibilização para se alcançar as metas de transformação.

Na busca da metas acima referidas, podem-se diferenciar os seguintes procedimentos metodológicos:
Investiga as estruturas dos papéis, através de verbalizações num contexto relacionais face-a-face entre investigador e investigado. Ela permite um acesso aos aspectos cristalizados ou normativos destas estruturas, mas, também, na medida em que se consiga adotar estratégias de aprofundamento das mesmas, a revelação dos seus componentes de negação, oposição e superação. Esta demanda levou ao desenvolvimento das estratégias de aprofundamento da entrevista, partindo-se de um contexto de associação de palavras, seguido de uma objetivação através da escrita e culminando na elaboração de um discurso sobre as palavras ou frases associadas ao tema proposto;
Investiga  as  estruturas  de papéis verbalizadas num contexto de pequeno grupo de discussão focalizada sobre tema específico. Neste caso, os cuidados se voltam para a promoção do “grupo em fusão” de que fala (Sartre, 1960) e (Lapassade, 1977), subentendendo-se a importância do resgate de uma relação de interioridade como condição de uma investigação aprofundada das estruturas de papéis, tantos nos seus aspectos cristalizados ou normativos, quanto nos seus componentes de negação, oposição e superação.
Investiga as estruturas de papéis em seu aspecto vivido num contexto de grupo em fusão que é promovido de forma a propiciar a interpretação de papéis de forma lúdica, numa situação de “como se”. Esta estratégia busca investigar as “intenções significativas, às vezes claras para si mesmas, às vezes ao contrário, vividas antes que conhecidas” de que nos falou anteriormente (MERLEAU-PONTY, 1975). Esta estratégia se constitui numa adaptação da técnica, criado por J. L. Moreno, para a situação de investigação. Como na situação onde se busca a transformação, também neste caso de simples investigação, torna-se indispensável a promoção de um estágio inicial no qual o “grupo em fusão” se constitua. Sob pena de a dramatização se tornar o “sacrifício” e o protagonista “bode expiatório”, nas palavras de (MILLAN, 1976). Se por um lado, o cenário no qual os componentes da Estrutura de Papel são vividos pode ser questionado em relação a um certo distanciamento da realidade na qual eles se realizam dentro da instituição, por outro lado, abrem-se as possibilidades de investigações aprofundadas dos aspectos associados a estas vivências, fato impossível de ser captado no fluxo da ação real. Sem tais aprofundamentos não seria possível captar as intenções significativas vividas de que nos fala  (MERLEAU-PONTY, 1975).
Estratégia de conhecimento das estruturas de papéis do cotidiano da instituição escolar, sobretudo dos seus aspectos instituídos. Nela, o pesquisado como participante tem acesso a estes aspectos tal como são vividos, antes mesmo que conhecidos, ao incorporá-los de forma ativa no interior da instituição. Esta técnica qualitativa de pesquisa complementa as anteriores, na medida em que propicia ao pesquisador um acesso ao vivido in situ ou in status nascendi, como recomenda Moreno. Agrega ao projeto de pesquisa uma contextualização institucional de importância fundamental para a compreensão tanto das representações, como das vivências do papel. Esta técnica produz o contexto, o plano de fundo contra o qual, dialeticamente a Estrutura de Papel é revelada.
A partir da compreensão das estruturas de papéis e da organização e funcionamento cotidiano da instituição escolar, desenvolvem-se os projetos de intervenção contratados com a
instituição e diferenciados segundo os seus vários segmentos estruturais, desde que ocorra aadesão livre e voluntária dos mesmos. Esta estratégia de segmentação da intervenção se justifica pela intensa resistência à mudança, mas, nos casos em que os fatos favorecerem, é possível que a intervenção se dê na forma única, como num “sociodrama institucional”. Quando segmentada, a intervenção se diferencia nas seguintes possibilidades:
·         Grupo reflexivo com professores;
·         Grupo com alunos;
·         Grupo com familiares.
Estes grupos são desenvolvidos na forma de um resgate do “grupo em fusão” sartriano ou da relação de interioridade das interações entre os seus integrantes. A ação no interior destes grupos se transforma em práxis, entendida como ação seguida de reflexão, que passa a ação, num movimento em espiral que busque produzir o desenvolvimento das Estruturas de Papéis, entendido como uma descritalização, ou desnormatização de seus aspectos instituídos e a liberação dos componentes de negação, oposição, superação, crítica e questionamento,representantes dos aspectos instituístes. A ação pode se dar tanto no plano verbal, no caso dos grupos reflexivos em sua etapa de discussão e debate sobre temas relativos ao exercício do papel profissional, como no plano não-verbal, no caso das dramatizações, que só ocorreriam quando o grupo, que principia como instituído ou recorte da instituição, já evoluiu para um grupo em fusão.
O psicodrama foi criado por Jacob Levi Moreno  nas primeiras décadas deste século. De modo geral, pode ser definido como um método de trabalho em grupo que se sustenta operacionalmente a partir da utilização de algumas técnicas especifica. As mais utilizadas são inversão de papeis, solilóquio, espelho duplo, simbolização  e interpolação de resistência. Cada uma delas pretende provocar algum tipo de reação diferentes nos participantes                 ( MORENO, 1975).
Necessário também é esclarecer que, atualmente, fazemos a distinção entre o modelo terapêutico de trabalho que foi objetivo central do esforço de Moreno, e um outro, com foco na educação, que foi introduzindo a partir dos anos 60,  as técnicas são sempre usadas dentro de cenas, no espaço dramático, e os objetivos a serem alcançados.
A didática  sócio-psico-dramática tira o conteúdo de sua versão oficial permitindo que ele venha inserir-se em espaços e tempos vinculados as vivencias dos alunos promovendo ainda um maior interesse pela pesquisa. No dizer de (LIPMANN, 1993), as aulas transforma-se em verdadeiras comunidades de investigação.
Segundo Wachowicz (1992):
A comunidade de investigação, em certo sentido, é uma aprendizagem conjunta e , portanto, um exemplo do valor da experiência partilhada. Mas , em outro sentido, representa a exaltação da eficiência do processo de aprendizagem, visto que os alunos que acreditavam na aprendizagem significava aprender sozinho descobriram quer podem utilizar a experiência das outras pessoas e beneficiar se dela.
A argumentação com sensibilidade, a analise das variáveis e dos desempenhos cria uma dialética poucas vezes atingida com recursos mais convencionais. Segundo     (ROMANA, 1992)  está na presença de um conhecimento que circula junto á própria vida e funde se com ela. Sabemos porque vivemos e experimentamos os fatos.
A valorização da relação que existe entre a utilização de uma didática baseada nos recursos sócio psicodramáticos e um pensamento vivo, ou seja, um pensamento que além de levar em conta as limitações da realidade, e fazendo uso  da espontaneidade, possa avançar no sentido de querer transforma –lá. Esses pensamentos espontâneos, artísticos e criativos são sem duvidas, um pensamento vivo que busca o psicodrama na educação.
O referencial psicodramático vem sendo trabalhado desde o inicio da década de 70 no sistema educacional brasileiro, o que observa-se que apesar de todo o progresso, da tecnologia, das descobertas cientificas, da multiplicação de recursos os mais variados, são poucos os brasileiros que tem o privilegio de ter alguma oportunidade verdadeira de crescimento, num universo existencial suficientemente amplo, que lhe garanta uma melhor qualidade de vida e multiplique seu prazer de viver.
Uma das variáveis que mais influenciam o prazer de viver é a motivação. O ser motivado caminha para a ação, para a realização. Constrói projetos e concretiza o desejo, tornando a fantasia realidade, criando metas, engajando se em projetos com respeito e dignidade, alimentando esperanças. A desmotivação, ao contrario, leva á inércia, a umas desmobilizações internas, prejudicando a vontade,  a realização, distorcendo normas e valores. Em outro trabalho (SILVA, 1997).
No Brasil, o alto índice de analfabetismo, a saturação do mercado de trabalho em todos os níveis e outros problemas sociais aumenta o repertorio do que falta ao nosso povo: afeto, proteção, alimentação, moradia, empregos, verbas, organização social, etc. As expectativas e perspectivas para o futuro quase desapareceram. Nesse contexto impera a desmotivação, que mata o desejo de conhecer, aprender, procurar a saída, e até de viver. No contexto social,  pouca atenção se dá á solidariedade, á ecologia, ao serviço voluntário, á saúde, á adoção e á cidadania.  (SILVA 1997)
A maioria das escolas, especialmente as particulares, está  fechada em si mesma, buscando cumprir as tarefas mínimas exigidas pelo ministério da educação. Se as escolas privadas lutam para incrementar a clientela e o lucro, adotando como padrões de qualidade e conveniência e a permissividade, as escolas públicas são desmontadas pelos governantes, e, sem verbas, sem apoio, sem condições ambientais mínimas, com os docentes desvalorizados, com baixos salários, com poucas oportunidades para reciclar  seus conhecimentos, enfrentam uma onda impiedosa de indisciplina e violência.
O psicodrama de  Moreno (1974, 1975) é um método de ação e interação fundamentado na concepção desenvolvimental do homem, permite buscar as origens, as formas do ser, os modelos relacionais, tanto das pessoas como dos grupos, tanto das instituições como das sociedades. Ele mostra as interferências nas escolhas, que podem ser espontâneas ou influenciadas conscientes ou inconscientes, expressas ou omitidas. As escolhas determinam nossa maneira de vir a ser no mundo: líder fracassado, estrela, interferindo nas escolhas políticas, religiosas, sociais e profissionais.
O trabalho psicodramático educacional proporciona a rematrização da identidade, resgata o equilíbrio das formas do ser, preparando o terreno para receber o desejo e motivação necessárias  á descoberta e a construção coletiva do conhecimento (ROMANA, 1996). A abordagem abrange o despertar sensorial, o uso de jogos e de objetos intermediários (BERMUDEZ, 1975) como: tinta, papeis, sucata caseira, bolas, cordas, fitas  e musicas. No desenvolvimento da aula, tanto alunos como professores participam juntos no aprender vivendo.


No final do século passado a psicologia nasce imbuída da tarefa de legitimar seu estatuto de cientificidade. Apropriando-se dos métodos de pesquisa das ciências naturais, produz um conhecimento que imediatamente aplicado especialmente nas áreas de saúde e educação. Essa psicologia positivista, também conhecida como “escola experimental”,m teve nas abordagens psicometrica, behaviorista e cognitivista seus protagonistas na produção de teorias explicativas das diferenças entre as pessoas, especialmente no contexto de ensino e aprendizagem.
     A primeira conexão pode ser estabelecida com a clínica psiquiátrica e psicológica.(MORENO, 1975, 1992) pos o foco de sua abordagem nas relações estabelecidas entre pessoas. O Psicodrama, como manifestação mais divugada de sua obra, é usualmente apresentado como “a psicoterapia fundamentada na ação”
Segundo Martín (1984), o psicodrama é uma abordagem terapêutica, de cunho psicológico e que possui uma vocação educativa, preventiva e corretiva. Moreno admirou   Rousseau, Pestalozzi e Froebel, porque lutaram para abolir os métodos tradicionais de ensino. Assim, a proposta moreniana coincide com a da escola ativa. Por  acreditar que o homem deve ser mais preparado para a vida do que para o saber; e por utilizar ações, o jogo, o contato com a natureza, a musica, a dança etc. contudo, afirma o autor “Moreno nunca teve a intenção de criar  uma escola ativa, mas quis viver sua essência apostólica- profética, sob as idéias hassídicas”.
Segundo (COURTNEY, 1974) afirma que, no cenário mundial, apenas a partir da metade do século XIX a arte cênica volta a se encontrar com a pedagogia. Como pano de fundo, dois aspectos merecem destaque:
1.    O reconhecimento da psicologia como ciência (1879), o que realimentou as expectativas quanto ao entendimento dos sentimentos e emoções expressas através do teatro;
2.    A estruturação da educação nos principais  países ocidentais nos “sistemas de ensino”, que transfomaram a escola no principal ambiente para se estabelecer o processo ensino -  aprendizagem.
(COURTNEY, 1974) “a ressurreição do teatro na educação ocorreu quando as crianças da Rainha e do Príncipe Alberto representaram Athalie e outras peças em suas línguas originais”. Desde então tornou-se comum o uso do expediente dramático no ensino de línguas (materna e estrangeiras). O hábito resgatado pelos ingleses não demorou muito a ser adotado também nas escolas americanas.
O teatro e a educação têm se relacionado de cinco maneiras diferentes:
1.    O teatro prestou-se a uma certa didática no ensino de diversos conteúdos;
2.    O teatro surgiu como uma disciplina curricular obrigatória desde a pré –escola;
3.    O testro funcionou como perfomance organizadora de eventos sócio-cultural nas escolas;
4.    o teatro funcionou como atividade experimental organizadora de informações e sensações tanto a atores quanto a espectadores;
5.    A educação dramática surgiu como modalidade pedagógica de cunho estritamente pedocêntrico.
O inicio do século , tomado por uma inquietação estética e questionando a visão de mundo estabelecida, (MORENO, 1984) criou o teatro espontâneo nele descreveu a descoberta do efeito terapêutico  teatro e sua adoração pela clinica psicológica, construindo o que se chama Psicodrama.
A partir daí entendemos a relação do psicodrama com o símbolo produzido pela humanidade ao longo da historia, como os mitos, com a religiosidade, com o folclore, com a linguagem cotidiana, com o lúdico, com o subjetivo. Segundo Brito (1990),  “O psicodrama uma legitima ramificação da arte de, através da representação, promover a recuperação e a elaboração simbólica dos conteúdos emocionais de nossa cultura, então as outras partes que o complementam  estão lá no teatro,  no cinema.  
Visualizando o tecido social, percebe se  como herdeiros do instituído, no dizer de Lapassade (1977), das conservas culturais no dizer de Moreno (1992, 1984). Vive se, no entanto o desafio de resgatar se a espontaneidade e criatividade, sendo recriadores das relações sociais, instituída por  criadores de novos modos de vidas, criadores de culturas de uma nova comunicação, de uma nova cidadania, de um outro olhar. Estar diante da dimensão institucional que atravessa todos os níveis da vida social e nem sempre é apreensível, como modeladora de padrões de comportamento modos de olhar que  incluem, ao outro e aos grupos de que se faz parte, o entendimento desta matriz implica no processo educativo de “atores” no palco social, onde acontece o cotidiano.
A presença do “outro” é sempre espelho onde  se vê; onde constrói se  a sua imagem e uma imagem do mundo.  A vida se trama nas relações escolhidas e não escolhidas que estabelece se e das quais torna se herdeiro. Mesmo quando esta só, é povoado por tantas presenças- ausências descortinando se os níveis da vida social, onde constrói se diferentes dimensões que se sobrepõem em cenários onde desdobram os fenômenos sociais. Quando a criança percebe que a realidade transcende as fronteiras de sua casa e se espalha por um mundo social, amplia se  o seu processo educativo, identificando com os outros concretos que estão á sua volta.
O sentido social de grupo vai se fazendo nos encontros, desencontros e reencontros de cada um, como um conjunto e com cada outro, na busca do reconhecimento recíproco (MILAN, 1976), a importância da presença de cada um é ressaltada e os vínculos vão construindo se formando o valor do grupo social. A cultura  do grupo vai se formando na intersubjetividade a partir das dimensões e valores pessoais e íntimos do processo educativo.
Sociodrama é um método de ação em um grupo educacional é o sujeito e o foco da ação. A dramatização pode estar relacionada aos conteúdos particulares de um grupo ou ser desencadeada por um tema prefixado sociodrama  tematizado. (MORENO 1984, 1992) (MENEGAZZO, 1995) (ROMANA,  1992) E (ZAMPIERI, 1996).
No sociodrama, a questão central consiste em exteriozar o que se oculta nas relações e faz adoecer o social, buscando respostas mais saudáveis , na visão moreniana, ao se constituir um grupo gera se um novo eu que é parte de todos e ao mesmo tempo uma nova identidade, a qual absorve se a cultura comum e pode, com melhores chances, penetrar a própria realidade transfigurando-a.
O sociodrama oferece um espaço de descoberta e trocas, em que os participantes ressignificam suas experiências reorganizando seu entendimento  da realidade e o modo como enfrentarão suas vicissitudes. Ao mesmo tempo protegido e estimulado pela representação teatral de um papel o individuo tem oportunidade de sentir e expressar os conflitos subjacentes conteúdos abordados, assumindo personagens reais e imaginários contracenando papeis, jogando e experimentando mudanças. Como efeito dessa vivencia, tomam consciência da dinamicidade entre o mundo real e o imaginário compreendendo a maneira pela qual essas esferas do viver confluem e constroem a realidade. O sociodrama , como  processo de construção, encenação e reconstrução coletiva conhecimento, oportuniza essa transformação, criando novos espaços para educação e o desenvolvimento do ser humano.
De uma forma mais ampla, estes campos teóricos e o próprio sociodrama  tem afinidade conceitual e implicações praticas com o interacionismo simbólico e sua ênfase em situações  sociais que são interpretadas em funções de atitudes, motivações e praticas percebidas nos  outros atores ( BLUMER, 1957).  A contribuição do sociodrama pedagógico  vai muita além do resgate da criatividade e da espontaneidade. Há aportes que dizem respeito á promoção de praticas através de dinâmicas eminentemente interativas e intersubjetivas em que a ação expressão e a sensação podem estar presentes simultaneamente bem como conteúdos racionais  e emotivos. Neste sentido encontra se implícita a noção de linguagem integral,  (GOODMAM,1989). Neste sentido o sujeito educando é simultaneamente leitor e escritor , ele sente e expressa. É ele que constrói o significado durante o processo, utilizando a experiência e o aprendizado prévios, para encontrar um sentido. Suas metas no processo sempre são de dupla direção, isto é, busca se tanto a compreensão do significado como a expressão do mesmo, não existindo hierarquias de sub habilidades nem seqüências universais. È justamente esse aspecto do sociodrama pedagógico que constitui uma subversão das praticas clássicas, pelo menos com respeito ao método.
A teoria do Construtivismo de Jean Piaget, bem como a sua aplicação na Intervenção Pedagógica tem a educação como  a ação exercida, pelas gerações adultas, sobre as gerações que não se encontram ainda preparadas para a vida social; tem por objetivo suscitar e desenvolver na criança, certo número de estados físicos, intelectuais e morais, reclamados pela sociedade política, no seu conjunto, e pelo meio especial a que a criança particularmente se destine." as contribuições preciosas que os teóricos construtivistas Jean Piaget, Jhon Dewey e Lev Vigotsky deram à Prática da Pedagogia na Educação.
A teoria piagetiana, chamada Epistemologia Genética ou Teoria Psicogenética, mais conhecida por Construtivismo, logo se tornaria um achado para professores, educadores, realmente interessado em ensinar. E quando cai no domínio público, a teoria, passa então a ser vista como um método milagroso de se ensinar às crianças. Os teóricos construtivistas discordam do método tradicional de se transmitir conhecimento a partir das experiências vivenciadas por quem ensina, o que tira de quem aprende a oportunidade de construir, adquirir sua própria aprendizagem, uma vez que ele raciocina em cima da vivencia de outrem. De acordo com Piaget de que o humano aprende assimilando a realidade e acomodando os esquemas e as operações de sua mente para novas assimilações. Daí pode-se tirar conclusões em nível pedagógico.
É importante saber em que estágio se encontra o individuo que aprende. A partir disso, muni-lo de material adequado, farto de quantidade e variedade, para que ele possa fazer funcionar as estruturas mentais próprias do nível em que se encontra e ao mesmo tempo deve-se apresentar a ele situações problemas que desafiem a inteligência. Quem se encontra no estagio sensório motor, precisa de objetos variados em forma, cor e textura, que possa manusear participação do adulto na vida da criança no estagio pré-operacional é de suma importância para que ela atinja o pensamento simbólico e se capacite para a linguagem verbal. A linguagem a socialização propiciam o aprofundamento de seu relacionamento com os demais humanos. No estágio das operações concretas a criança é capaz de uma ação mental coordenada, flexível, reversível, mas que esta operação só ocorrerá enquanto houver referencia há algo concreto, que possa ser tocado. O que vai ajudar a criança a dominar reversibilidades, seriações e classificações, que caracterizam este estágio. Assim sendo fica impossível uma aula de matemática sem palitos, sementes ou outros objetos. No quarto estágio, das operações formais, o pensamento atua a partir de suposições, sem o dado, concreto, atento apenas à seqüência lógica. Chega à conclusão a partir de hipóteses.
 O Ensinar deve ser visto como criação de condições para o desenvolvimento intelectual do aluno.
Piaget ressalta também a importância do contato da criança com seus colegas da mesma idade, eles trarão desafios que podem ser enfrentados de igual para igual. Ele coloca que a atividade comum entre crianças ajuda a aprendizagem da descentração, sair de si mesma, superar o egocentrismo.
Na prática pedagógica tradicional, a aprendizagem é um produto, ou seja, é manifestada pela quantidade de informações que o aprendiz é capaz de reter. Daí a única função da inteligência é arquivar os vários conjuntos de informações apresentados pelos professores ou pelos livros.O aluno é submetido a uma verdadeira ginástica mental que o obriga a fazer grandes quantidades de exercícios de fixação e memorizar conteúdos para serem esquecidos logo depois.
Piaget diz que estes processos não conduzem ao aprimoramento da mente, portanto isto não é aprender. Aprender é conquistar por si mesmo, o saber, com a realização de pesquisas e a partir do esforço espontâneo. Quando o aluno compreende em vez de memorizar, ele se torna capaz de raciocinar bem.Se o educando for solicitado a descobrir, em um contexto de atividades autônomas, os princípios, noções, implicações e relações existentes nos diferentes conteúdos, ele colocará problemas, pesquisará soluções e analisará dados, descobrindo e assim ele aprende (CÓRIA, 1988).
Dewey não aceita  a educação pela instrução. Propôs a educação pela ação; critica severamente a educação tradicional, principalmente no que se refere a ênfase dada ao intelectualismo e a memorização. Para Dewey, o conhecimento é uma atividade dirigida que não tem um fim em si mesmo, mas está dirigido para a experiência. As idéias são hipóteses de ação e são verdadeiras quando funcionam como orientadoras dessa ação. A educação tem como finalidade  propiciar à criança condições para que resolva por si própria os seus problemas, e não as tradicionais idéias de formar a criança de acordo com modelos prévios, ou mesmo orientá-la para um porvir.Tendo o conceito de experiência como fator central de seus pressupostos, chega à conclusão de que a escola não pode ser uma preparação para a vida, mas sim, a própria vida. Assim, para ele, vida-experiência e aprendizagem estão unidas, de tal forma que a função da escola encontra-se em possibilitar uma reconstrução permanente feita pela criança da experiência.
A educação progressiva está no crescimento constante da vida, na medida em que o conteúdo da experiência vai sendo aumentado, assim como o controle que podemos exercer sobre ela. É importante que o educador descubra os verdadeiros interesses da criança, para apoiar-se nesses interesses, pois para ele, esforço e disciplina, são produtos do interesse e somente com base nesses interesses a experiência adquiriria um verdadeiro valor educativo. Atribui grande valor às atividades manuais, pois apresentam situações problemas concretas para serem resolvidas, considerando ainda, que o trabalho desenvolve o espírito de comunidade, e a divisão das tarefas entre os participantes, estimula a cooperação e a conseqüente criação de um espírito social.
Dewey concebe que o espírito de iniciativa e a independência levam à autonomia e ao autogoverno, que são virtudes de uma sociedade realmente democrática, em oposição ao ensino tradicional que valoriza a obediência. A Educação, para ele, é uma necessidade social, os indivíduos precisam ser educados para que se assegure as continuidades sociais, transmitindo suas crenças, idéias e conhecimentos. Ele não defende o ensino profissionalizante, mas vê a escola voltada aos reais interesses dos alunos, valorizando sua curiosidade natural. De acordo com os ideais da democracia, Dewey, vê na escola o instrumento ideal para estender a todos os indivíduos os seus benefícios, tendo a educação uma função democratizadora de igualar as oportunidades.
O processo de ensino-aprendizagem para Dewey estaria baseado em: -Uma compreensão de que o saber é constituído por conhecimentos e vivências que se entrelaçam de forma dinâmica, distante da previsibilidade das idéias anteriores. -Alunos e professor detentores de experiências próprias, que são aproveitadas no processo. O professor possui uma visão sintética dos conteúdos, os alunos uma visão sincrética, o que torna a experiência um  ponto central na formação do conhecimento, mais do que os conteúdos formais. Uma aprendizagem essencialmente coletiva, assim como é coletiva a produção do conhecimento. O conceito central do pensamento de Dewey é a experiência, a qual consiste, por um lado, em experimentar e, por outro, em provar. Com base nas experiências que prova, a experiência educativa torna-se para a criança num ato de constante reconstrução.
Para ele, o processo de educação escolar é qualitativamente diferente do processo de educação no sentido mais amplo. Na escola, a criança tem como tarefa entender as bases dos estudos científicos, ou seja, apropriar-se de um sistema de conceitos abstratos que mantêm entre si relações hierarquizadas. Ele admite que o ensino direto destes conceitos é impossível e infrutífero. Um professor que tente fazer isso geralmente não obtém resultado. O que ele observa é a repetição de palavras sem sentido para a criança.Ela simula o conhecimento das relações descritas, mas sua exposição não passa de um verbalismo vazio. Durante o processo de aprendizagem a criança parte de suas próprias generalizações e significados. Ela raciocina sobre as explicações recebidas e as transforma de acordo com os seus esquemas lógicos e conceituais. Para entrar no caminho da generalização e da abstração, propostas pelo conceito estudado, ela necessita do auxílio dos adultos e de outras crianças. Esse processo de mediação é fundamental para a absorção e transformação do conteúdo proposto.Com o auxílio de outra pessoa o aprendiz pode fazer mais do que faria sozinho. O que hoje ele só consegue fazer com a cooperação dos outros, amanhã fará só. Sem a discussão e a dialética causada por pontos de vistas diferentes, não haverá coordenação e transferência dos novos conceitos em diferentes situações.
O conhecimento não deve ser transmitido pelo professor por aulas expositivas. Os conceitos devem ser discutidos com os colegas e com o professor, e buscados através de pesquisa. É no trabalho o em grupo que ocorre o desequilíbrio conceitual por meio do contraste de vários pontos de vista. Assim ocorre a dialética no conhecimento individual. Esse processo leva a transformação da cognição e ao aparecimento de funções intelectuais. Nessa perspectiva, a tarefa da escola é a transformação do estado atual de desenvolvimento do educando. Ela deve conduzir ao patamar superior no processo de desenvolvimento. (VIGOTSKY,1998)  o denomina zona de desenvolvimento proximal esse nível potencial de desenvolvimento que deve ser trabalhado pela escola
Para cada habilidade ensinada pela escola há um período em que a criança é mais receptiva àquele conteúdo, e a ação pedagógica será mais produtiva.Segundo (VIGOTSKY,1998) esse período sensível não pode ser explicado apenas pela maturação de certas funções biológicas. Ele é resultado da aprendizagem ocorrida no meio social. O aprendizado de qualquer conteúdo começa muito antes de acriança freqüentar a escola. Quando a criança começa a aprende a linguagem escrita, ala já tem formas comunicação por meio de sinais e desenhos que utiliza para expressar suas idéias no seu cotidiano. O professor deve levar em consideração essa cultura infantil, pis, antes que os conceitos espontâneos tenham alcançado um certo nível, a criança não e será capaz de absorver o conceito científico correlato. O ensino de História, por exemplo só pode ser iniciado quando a criança tiver o conceito de passado, presente e futuro suficientemente diferenciado para generalizações elementares sobre o agora, o ontem e o amanhã a respeito do esquema simples do aqui e de outro lugar.
Ao iniciar sua trajetória de generalização, um conceito espontâneo abre o caminho para o conceito cientifico, criando as estruturas necessárias para a sua absorção. O conceito científico por sua vez permite a ampliação dos conceitos espontâneos e conseqüentemente altera o modo pelo qual a realidade é refletida pela criança. Portanto a função da educação é transformar a mente. A partir desse processo formativo há a transformação do coletivo e a ampliação das vivencias sociais.
Tanto Piaget quanto Dewey e Vigotsky demonstram com a construção do conhecimento pelo aluno, como a prática pedagógica tradicional é falha na educação escolar, quando submete o aluno decorar fórmulas, regras e conceitos, objetivando o aprender. Tendo em vista que este tipo de aprendizagem retém o conteúdo visto na memória, por certo tempo, depois o mesmo se perde.
Construtivismo é uma concepção teórica que parte do princípio de que o desenvolvimento da inteligência é determinado pelas ações mútuas entre o indivíduo e o meio. A idéia é que o homem não nasce inteligente, mas também não é passivo sob a influência do meio. Ao contrário, responde aos estímulos externos agindo sobre eles para construir e organizar o seu próprio conhecimento, de forma cada vez mais elaborada.
A concepção teórica criada por Jean Piaget, chamada Epistemologia Genética ou Teoria Psicogenética, é a mais conhecida concepção construtivista da formação da inteligência. Ele explicou detalhadamente como, desde o nascimento, o indivíduo constrói o conhecimento.
O Construtivismo se constitui pela interação do indivíduo com o meio físico e social, com o simbolismo humano, com o mundo das relações sociais; e se constitui também por força de sua ação e não por qualquer dotação prévia, na bagagem hereditária ou no meio, de tal modo que pode-se afirmar que antes da ação não há psiquismo nem consciência e muito menos, pensamento. (Publicação: Série Idéias n. 20. São Paulo: FDE, 1994. Páginas: 87 a 93).
Trata-se de uma posição teórica que afirma ser o desenvolvimento uma decorrência, não propriamente da hereditariedade e ambiente, mas da influencia mútua entre estes dois fatores, com ênfase na interação da maturação com aprendizagem. Com isto pode-se dizer que Piaget assumiu uma posição interacionista.
Segundo ele a aquisição do conhecimento é uma construção progressiva de estruturas que se alteram acordo com o crescimento biológico. Na construção do conhecimento as ações mentais, e físicas projetadas em objetos desencadeiam uma construção de conhecimentos. Tais ações interferem no equilíbrio, resultando em assimilação, que é a incorporação de elementos do meio, através de uma classificação de conhecimento, a da adaptação que vem ser a transformação estrutural criada pelas características das informações a serem assimiladas. A acomodação pode se dar de duas formas, criando uma situação nova, um novo esquema, onde possa ser enquadrado o novo estimulo ou trabalhar o já existente no individuo de forma que o estimulo possa ser absorvido por ele. Após essa acomodação, a criança tenta de novo encaixar o estimulo no esquema e aí se da a assimilação. Os esquemas de assimilação vão se modificando, e configurando os estágios de desenvolvimento.
Piaget preocupou-se mais com o estudo do desenvolvimento mental ou cognitivo, como os indivíduos conhecem o mundo exterior e como se relacionam com ele.
Os principais períodos do desenvolvimento mental, segundo Piaget e as características de cada um:
1. Estágio sensorio-motor, mais ou menos de 0 a 2 anos: a atividade intelectual da criança é de natureza sensorial e motora. A principal característica desse período é a ausência da função semiótica, isto é, a criança não representa mentalmente os objetos. Sua ação é direta sobre eles. Essas atividades serão o fundamento da atividade intelectual futura. A estimulação ambiental interferirá na passagem de um estágio para o outro.
2. Estágio pré-operacional, mais ou menos de 2 a 6 anos: (Biaggio destaca que em algumas obras Piaget engloba o estágio pré-operacional como um subestágio do estágio de operações concretas): a criança desenvolve a capacidade simbólica; "já não depende unicamente de suas sensações, de seus movimentos, mas já distingue um significador(imagem, palavra ou símbolo) daquilo que ele significa(o objeto ausente), o significado". Para a educação é importante ressaltar o caráter lúdico do pensamento simbólico.
Este período caracteriza-se: pelo egocentrismo: isto é, a criança ainda não se mostra capaz de colocar-se na perspectiva do outro, o pensamento pré-operacional é estático e rígido, a criança capta estados momentâneos, sem juntá-los em um todo; pelo desequilíbrio: há uma predominância de acomodações e não das assimilações; pela irreversibilidade: a criança parece incapaz de compreender a existência de fenômenos reversíveis, isto é, que se fizermos certas transformações, somos capazes de restaurá-las, fazendo voltar ao estágio original, como por exemplo, a água que se transforma em gelo e aquecendo-se volta à forma original.
3. Estágio das operações concretas, mais ou menos dos 7 aos 11 anos: a criança já possui uma organização mental integrada, os sistemas de ação reúnem-se em todos integrados. Piaget fala em operações de pensamento ao invés de ações.  É capaz de ver a totalidade de diferentes ângulos. Conclui e consolida as conservações do número, da substância e do peso. Apesar de ainda trabalhar com objetos, agora representados, sua flexibilidade de pensamento permite um sem número de aprendizagens.
Estágio Das Operações Formais, mais ou menos dos 12 anos em diante: ocorre o desenvolvimento das operações de raciocínio abstrato. A criança se liberta inteiramente do objeto, inclusive o representado, operando agora com a forma (em contraposição a conteúdo), situando o real em um conjunto de transformações. A grande novidade do nível das operações formais é que o sujeito torna-se capaz de raciocinar corretamente sobre proposições em que não acredita, ou que ainda não acredita, que ainda considera puras hipóteses. É capaz de inferir as conseqüências.Tem início os processos de pensamento hipotético-dedutivos.
A Teoria das Inteligências Múltiplas, conceitua a inteligência, como sendo a capacidade de resolver problemas, e que o ser humano dispõe de habilidades que são de suma importância para a aprendizagem. Também é sabido que algumas dessas habilidades têm de ser estimuladas, trabalhadas, caso, contrário, as mesmas não se desenvolvem.. Ora se a inteligência é uma capacidade do humano e este é sempre um aprendente, cabe aos ensinantes, ou melhor, facilitadores da aprendizagem desvelá-la, no sentido de fazer fluir habilidades que com certeza vão contribuir e muito para uma aprendizagem de curso normal nas crianças. Partindo do princípio de que; atuar nas frestas, nas lacunas é perceber e poder contribuir para a transformação dos indivíduos em sujeitos, sujeitos estes que sejam capazes de escrever e ao mesmo tempo ser protagonista de sua própria história e assim poder contar muitas histórias que estarão em seus corações. o construtivismo como uma teoria que diz que o individuo aprende a se relacionar com o meio a partir das trocas que realiza com as pessoas, com outros humanos e a partir daí ele adquire a capacidade de transformá-lo para a melhoria da sua condição de vida.  o papel da escola e do professor que se diz construtivista é justamente oportunizar o aluno a entrar em contato, conhecer as ferramentas que a partir da sua experiência adquirida no contato com elas, lhe servirão mais tarde de instrumentos de busca por sua autonomia. A escola deve voltar seu olhar para uma educação que desenvolva no individuo a capacidade de se reconhecer, ver-se como um ser dotado de potencialidades, capacidades. Pois se assim o fizer com certeza ela estará cumprindo o seu papel. O Construtivismo se apresenta como sendo uma fonte inesgotável de possibilidades de orientação para todos aqueles que estejam implicados no processo educativo, não só de crianças, mas de adolescentes e adultos. Contudo o ensinante, ou educador tem de estar consciente de que o Construtivismo não faz milagre por si só. É preciso conhecê-lo, saber interpretar as suas intencionalidades, já que ele não tem começo nem fim. De posse desse entendimento, o ensinante, ou facilitador da aprendizagem poderá fazer dele uma ferramenta para a sua Prática Pedagógica, a fim de alcançar o objetivo do processo educativo de propiciar a criança o instrumento, físico, intelectual, emocional e social para que ela se desenvolva e venha a ser um ser humano.
1.9 Teorias de Estímulo Respostas e Teorias Cognitivas
As teorias da aprendizagem pertencem a duas famílias principais: teorias de estímulo-resposta e teorias cognitivas; mas nem todas as teorias pertencem a essas duas famílias. As teorias do funcionalismo, as psicodinâmicas e as teorias probabilísticas dos construtores de modelos não são nitidamente classificáveis nestes têrmos. Há ainda controvérsias específicas sobre as quais podemos diferir em uma mesma família, como por exemplo, as Teorias de Estímulo-Resposta e as Teorias Cognitivas.
Enfatizando o reforço, e a aprendizagem como "uma mudança relativamente permanente numa tendência comportamental, que ocorre como resultado da prática reforçada". Essas e muitas outras definições propostas parecem estar assentadas na de outros autores: "Aprendizagem é uma mudança relativamente permanente na potencialidade de uma resposta, a qual ocorre como resultado da prática reforçada.",algumas definições específicas e importantes para que a distinção entre elas se faça de forma clara e elucidativa:
·         Aprendizagem associativa- entrada em relação de elementos durante a aprendizagem, como por ex., idéias que puxam outras.
·         Aprendizagem de massa - memorização pela repetição contínua. Aprendizagem global e por partes - Diz respeito aprendizagem e prática do conjunto ou de suas partes, separadamente. Diz que aprender conjuntamente é mais producente, como também o é a prática fracionária (Ebbinghaus).
·         Aprendizagem mecânica - consiste no processo de retenção pela prática continua sem levar em conta o significado do material observado.
·         Aprendizagem lógica contrária de mecânica, o sujeito compreende o que está retendo.
·         Aprendizagem mental - de sinal - termo designativo do sistema explicativo da apdzg de Edward C. Tolman. Para ele, quem aprende está aprendendo não movimentos, mas sinais significativos; ele está seguindo sinais de um objetivo, fez muitos experimentos visando provar o intencionalismo e a aprendizagem de significados; esses experimentos são expectativa de recompensa (expectância), aprendizagem de lugar e aprendizagem.
Descobriu que o animal aprendia esperar um alimento e não outro e nesse estado ele retinha o significado dos estímulos (expectativa de recompensa); que todo comportamento tinha um propósito e que, quando, por ex., um rato andava por um labirinto, ele fazia um mapa que o guiaria depois (aprendizagem de lugar) e que um indivíduo podia aprender sem ter recompensa, o que podia ser verificado em ratos que, depois de terem corrido por labirinto e não terem recebido alimento, tinham melhor performance em experimentos com recompensa do que outros ratos que não haviam tido essa experiência prévia (aprendizagem latente).
·         Aprendizagem motora - caracterizada sobretudo por atividades motoras, isto é, postas à mental.
·         Aprendizagem subliminal - se processa num plano inferior ao limiar da consciência.A existência de fatores como a motivação, o reforço e a associação são de essencial importância no estudo e análise da Psicologia da Aprendizagem, uma vez que influem diretamente ou não, mas de forma efetiva em seu processo. A motivação é um conjunto de fatores estimulantes que determinam o comportamento em vista de um objetivo. Ela é um fato primordial para que ocorra a aprendizagem.
·         Aprendizagem segundo a teoria hulliana, embora iniciada por Pavlov, consiste no condicionamento e reforço. Suspenso o reforço, existe a extinção. Mas pode haver extinção pelo estabelecimento de reflexos (impulsos) inibitórios. O reforço é conhecido na pratica como recompensa ou punição. E o objeto ou evento que reforça é chamado de incentivo. Quanto à associação, podemos dizer que a aprendizagem ocorre como uma associação de um estímulo neutro e uma resposta, que anteriormente só era dada ao estímulo incondicional. O organismo tem, ao nascer, uma hierarquia de impulsos (reflexos absolutos ) que são relações permanentes entre "o agente externo e a atividade do organismo por ele determinada". Para os estímulos orgânicos também há respostas estabelecidas, ligações naturais, reflexos incondicionais, impulsos primários.
São as associações de estímulos ambientais aos incondicionados e às respostas que determinarão uma hierarquia de respostas adquiridas, as quais se organizam em hábitos e estes em traços de personalidade.Através da experiência vivida com o objeto são adquiridos conhecimentos intelectivos, as noções sobre os objetos, os espaço, o tempo e a causalidade "Os fatores que atuam na aprendizagem estão principalmente ligados ao meio e às condições do ambiente em que vivemos e nos desenvolvemos" (BRANDÃO, 1992).
Segundo Escamilla (1998), a aprendizagem na criança  depende da estimulação que recebe e do crescimento individual. O desenvolvimento afetivo e emocional também adquire um papel importante na área de aprendizagem.
A estimulação precoce pode ser desenvolvida pelo psicólogo, em parceria com outros profissionais da saúde, visando principalmente o desenvolvimento global da criança, considerando-a como um ser bio-psico-social.


A psicologia educacional nos oferece um espaço de descobertas e trocas, em que os participantes ressignificam suas experiências, reorganizando seu entendimento da realidade e o modo como enfrentarão suas vicissitudes. Ao mesmo tempo protegido e estimulado pela  proposta da psicologia educacional, o individuo tem a oportunidade de sentir e expressar os conflitos subjacentes aos conteúdos abordados. Como efeito dessa vivencia, tomam consciência da dinamicidade entre o mundo real e o imaginário, compreendendo a maneira pela qual essas esferas do viver confluem e constroem a realidade. Neste conceito está subentendido que a dificuldade de aprendizagem não pode mais ser assumida como uma questão cujas causas devam ser buscada apenas no aluno. Os fatores pedagógicos, didáticos e, principalmente, a forma como a instituição escolar trata a diferença entre os seus alunos revelam-se como mais importante do que os fatores intrapessoais dos próprios, na explicação de tais dificuldades. A psicologia educacional, como processo de construção, encenação e reconstrução coletiva do conhecimento, oportuniza essa transformação, criando novos espaços para a educação e o desenvolvimento do ser humano.


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